Portos RS reforça transparência sobre fenômeno natural e impactos do ciclone extratropical na Praia do Cassino

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Terça-feira, 09 de Dezembro de 2025

Conforme atualização do Centro de Monitoramento da Defesa Civil (CMDEC), ocorrerá a atuação de um ciclone extratropical sobre o Rio Grande do Sul entre terça-feira (09/12) e quarta-feira (10/12), com previsão de ventos fortes, entre 90 e 120 km/h, no litoral do estado e na Lagoa dos Patos, além de temporais isolados com possibilidade de queda de granizo.

A força prevista para o ciclone poderá ressuspender e lançar lama sobre a Praia do Cassino. Por isso, a Portos RS informa que os monitoramentos mensais mostram a presença de um bolsão de lama em locais mais profundos, que poderá ser direcionado para regiões mais rasas e, consequentemente, para a área emersa da praia, devido à direção e intensidade dos ventos e ao padrão de ondas gerados pelo ciclone extratropical.

Esse fenômeno de deposição de lama possui origem ambiental e hidrodinâmica. A autoridade portuária mantém um programa contínuo de monitoramento da lama e das operações de dragagem, permitindo acompanhar em detalhes o comportamento do bolsão, a área de despejo de sedimentos e as condições operacionais das dragas, garantindo total conformidade ambiental. Nesse sentido, o aparecimento de lama não está diretamente relacionado às operações de dragagem, sendo os registros futuros decorrentes da ação do ciclone.

Esse compromisso é assumido junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), no âmbito da Licença de Operação nº 03/1997 (3ª renovação). O monitoramento contínuo abrange o bolsão de lama localizado na parte subaquosa da Praia do Cassino, bem como o sítio de despejo de sedimentos dragados.

O trabalho é conduzido em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande (FURG), por meio do Contrato de Prestação de Serviço nº 1194/2022, no contexto do Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira (SiMCosta).

Monitoramento do bolsão de lama

O acompanhamento mensal evidencia a variabilidade natural do fenômeno, com períodos de acúmulo, transporte e desaparecimento registrados entre janeiro e novembro de 2025. As análises indicam que novas formações estão diretamente relacionadas às alterações na vazão da Lagoa dos Patos, influenciada pelo regime de chuvas na região e em toda a bacia de drenagem ¿ situação intensificada por eventos climáticos extremos, como a enchente histórica.

Monitoramento do sítio de despejo

O acompanhamento trimestral da área de descarte demonstra estabilidade, com permanência dos sedimentos depositados desde o projeto de dragagem realizado entre 2018 e 2020. Levantamentos batimétricos recentes confirmam que não houve deslocamento em direção à praia nem comportamento fora dos padrões esperados, reafirmando a estabilidade da região para receber sedimentos de dragagem.

Monitoramento e controle das dragas

As operações de dragagem atualmente em execução seguem rigorosamente todas as condições estabelecidas pelo IBAMA. Não foram identificadas desconformidades na operação das dragas nem no descarte de sedimentos. O órgão ambiental realiza acompanhamento constante, reforçando a segurança e a transparência do processo.

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