Nesta quarta-feira (14), o navio MV Arietta realizou uma operação no Porto de Porto Alegre, transportando 8, 5 mil toneladas de ureia destinadas à empresa Unifértil, que tem operação no terminal da capital gaúcha. A embarcação atracou no porto com um calado de 4,60 metros, sem dificuldades na navegação, graças às dragagens realizadas na hidrovia. O calado é a profundidade que a parte submersa do navio atinge, determinando sua capacidade de navegar em determinadas áreas sem risco de encalhe. As dragagens ajudam a manter essa profundidade adequada, garantindo uma operação segura e eficiente.

Esta é a segunda movimentação registrada na região após o início das dragagens na hidrovia. Em abril, o navio Callio, carregado com sal, marcou a retomada das operações no Porto de Porto Alegre, representando um avanço importante para a infraestrutura portuária regional após as enchentes de 2024.  

Atualmente, a Portos RS mantém cinco dragas em operação, removendo mais de 1,6 milhão de metros cúbicos de sedimentos em canais estratégicos das hidrovias de Porto Alegre e Pelotas. As intervenções visam assegurar uma profundidade mínima de seis metros, com investimento de R$ 68 milhões proveniente do Funrigs (Fundo do Plano Rio Grande, que tem o objetivo de centralizar e angariar recursos destinados para o enfrentamento das consequências sociais, econômicas e ambientais decorrentes dos eventos climáticos ocorridos em 2023 e 2024).  Esses R$ 68 milhões para dragagens dos canais de Itapuã, Pedras Brancas, Leitão, São Gonçalo e Furadinho são parte dos R$ 731 milhões anunciados para dragagens de hidrovias gaúchas, anunciados em 2024, pelo Governo do Estado. Cristiano Klinger, presidente da Portos RS, destaca a importância dos trabalhos: 

¿A chegada do MV Arietta simboliza o avanço nas ações de recuperação do Porto de Porto Alegre, especialmente após as dificuldades enfrentadas pelas enchentes do ano passado. A retomada das operações demonstra o compromisso com a segurança e eficiência da navegação interior, essenciais para o desenvolvimento logístico do Rio Grande do Sul¿, afirma.