A Diretoria de Meio Ambiente da Portos RS realizou, na tarde desta quarta-feira (26), o primeiro painel formativo que contribuiu na adesão ao Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) – Rede Brasil, abordando pautas de direitos humanos e igualdade de gênero. O evento aconteceu no auditório do prédio administrativo da unidade Rio Grande e contou com a participação de painelistas que expuseram temas relativos ao trabalho feminino no ambiente portuário.

Na oportunidade, também aconteceu o lançamento do livro “Gui e Bia – Memórias do Porto”, escrito por Ana Clara Tissot, a partir de relatos de moradoras dos bairros Santa Tereza e Getúlio Vargas, nos grupos de artesãs atendidas pelo Programa de Educação Ambiental. A construção foi marcada pela realização de diversos encontros, ocasiões em que as participantes relembraram histórias ouvidas de seus pais e avós, criando ambientes de boas recordações e resgate da memória local e a relação com o Porto do Rio Grande.

Ana Clara relatou que a iniciativa de produção do livro proporcionou momentos de aprendizado e destacou a importância da construção colaborativa para o resultado final do projeto, tornando ele um marco histórico. “Nós temos aqui um registro histórico lúdico e posso afirmar que certamente se trata de um marco para os registros da Diretoria de Meio Ambiente e da Autoridade Portuária”, afirmou ela.

Dando continuidade ao painel, a professora doutora na área de Ciências Sociais, Cassiane Paixão, que desenvolve pesquisas sobre mulheres negras e questões étinico-raciais no sul do Rio Grande do Sul, apresentou a palestra intitulada “No Mês das Mulheres, Onde Estão as Mulheres Negras”. No material, ela fez um apanhado histórico das conquistas sociais das mulheres ao longo dos últimos 125 anos e as dificuldades encontradas no mercado de trabalho.

Já a segunda painelista, historiadora e bacharel em Arqueologia, Alice da Conceição Teixeira, abordou o tema “As Tarefeiras do Norte: Reflexões Sobre o Cotidiano das Trabalhadoras da Indústria Pesqueira de São José do Norte”. O município, de pouco mais de 25 mil habitantes, é extremamente ligado à pesca e possui diversas famílias que dependem ou já dependeram de atividades relacionadas à captura ou beneficiamento de pescados.

O evento proporcionou o debate a cerca do papel da mulher no ambiente de trabalho em regiões costeiras, seja no ambiente portuário ou na pesca local. “Ter a oportunidade de dialogar sobre o ambiente de trabalho a luz de dois pontos fundamentais, como a igualdade de gênero e os direitos humanos contribuíram para o progresso enquanto ODS 5 e para sustentabilidade na instituição”, finaliza Luciana Roldão, Coordenadora de Comunicação e Educação Socioambiental - DMA da Portos RS.

Texto e fotos: Rodrigo de Aguiar/Portos RS

Jornalista responsável: Larissa Carvalho

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