O Canal de Acesso ao Porto do Rio Grande, além do canal de navegação, é subdividido em área de fundeio, bacia de evolução e berços de atracação que são considerados fundamentais para a movimentação das embarcações que entram e saem diariamente do cais público e dos terminais. Todas elas precisam estar com as medições de profundidades atualizadas para garantir a segurança e a precisão das já conhecidas cartas náuticas.

A informação exata sobre a profundidade é obtida por meio de um procedimento denominado batimetria. As sondagens batimétricas são parte do chamado levantamento hidrográfico, que é utilizado para a obtenção de dados geológicos, maregráficos, fluviométricos, topo-geodésicos, oceanográficos e geofísicos, em áreas marítimas, fluviais, lacustres e em canais naturais ou artificiais, navegáveis ou não, que não tenham como finalidade a pesquisa pura.

Além de confirmar a manutenção da profundidade, a batimetria também irá informar dados referentes às características de assoreamento das áreas navegáveis, assim como dos berços de atracação, bacia de evolução e das áreas adjacentes ao canal de navegação. O procedimento também é realizado para acompanhar obras de dragagem, assegurando que a atividade está sendo desenvolvida de forma a atender as necessidades de um porto.

Atualmente, os levantamentos batimétricos são realizados de forma indireta por um equipamento chamado ecobatímetro. Instalado em uma embarcação, ele emite um feixe de ondas sonoras que atravessa a água até atingir o fundo, refletindo e retornando à superfície. O tempo entre a emissão e a recepção do sinal é convertido em profundidade.

Na próxima reportagem você vai conhecer mais sobre os processos de atracação, desatracação e amarração, além de saber o que são os cabeços e berços de atracação.