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Pintou uma dúvida? Quer saber mais sobre o Porto do Rio Grande? Então acompanhe as perguntas e respostas abaixo

Perguntas Frequentes


O primeiro registro da entrada de uma embarcação na Barra do Rio Grande é de 1737, quando o Brigadeiro José da Silva Paes chegou para iniciar o povoamento desta região que passou a ser conhecida como Rio Grande de São Pedro ou São Pedro do Rio Grande. A partir dessa data iniciou-se o desenvolvimento da hoje conhecida cidade do Rio Grande e de seu porto. As atividades portuárias tinham como o local a margem da Laguna dos Patos na área central da cidade, onde hoje está localizado o Porto Velho.

Foi então que em 1846 se tomou a primeira providência oficial para melhorar a segurança da navegação, quando o Governo Imperial criou a Inspetoria da Praticagem da Barra do Rio Grande. Após esta providência, reduziram-se consideravelmente os acidentes na Barra.

Em 1869 o Governo Imperial começou a construção do primeiro cais que se tem conhecimento denominado cais da Alfândega, com 93 metros de extensão, e que foi concluído em 11 de outubro de 1872, surgindo assim os primeiros passos para a constituição do hoje conhecido Porto Velho. Posteriormente, o Governo Provincial, por conta do município mandou construir o cais localizado na rua Riachuelo (Porto Velho), numa extensão de 512 metros, a partir do cais da Alfândega até a rua Almirante Barroso. No decorrer da construção daquele cais, foi incluída a construção de um novo trecho de cais, iniciando na rua dos Andradas, junto ao cais da Alfândega até a rua General Neto, com um total de 200 metros de comprimento.

Mais tarde, em 1º de março de 1915 foi inaugurada uma das mais importantes obras do porto rio-grandino os Molhes da Barra. No mesmo ano, também foi concluída a construção do Porto Novo, que entrou em funcionamento no dia 15 de novembro. Em 1970, pela dragagem do canal de acesso da Barra para navios calando até 40 pés e pela incorporação da área de expansão (Superporto), abriram-se amplas perspectivas de crescimento e desenvolvimento do Porto do Rio Grande.

O Porto do Rio Grande está dividido em quatro áreas:

*Porto Velho: Estrutura histórica, composta de cinco armazéns e 640 metros de cais, é hoje utilizada para atividades de turismo e lazer e para atracação de barcos pesqueiros e frota de apoio e pesquisa (embarcações da Suprg, Furg e Marinha). Parte dos armazéns abriga a cada dois anos a tradicional Festa do Mar. Além disso, nos armazém do Porto Velho estão localizados o Acervo Histórico do Porto, o Museu Náutico e a unidade do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

*Porto Novo: Estrutura de 16 armazéns, com 1.950 metros de cais, mais o prédio da administração, entre outras estruturas, tudo sob administração da Superintendência do Porto de Rio Grande (Suprg), autarquia estadual ligada à Secretaria Infraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul (Seinfra). Atua como cais comercial, tendo 25 empresas como operadoras portuárias, movimentando carga geral, fertilizantes, contêineres, congelados, madeira, celulose, veículos, entre outras cargas. A estrutura possui cinco zonas de atracação: granéis líquidos, fertilizantes, cargas geral, contêineres e veículos.

*Superporto: Área desde a ponte dos Franceses até o início dos Molhes da Barra, inclui oito terminais de administração privada – Tecon, Termasa, Tergrasa, Bianchini, Bunge Alimentos, Petrobras, Brasken e Yara Brasil. São terminais especializados nas cargas que operam respectivamente contêineres, granéis agrícolas, petrolíferas, petroquímicas e fertilizantes. Além disso, abriga o Dique Seco, local destinado a construção de plataformas de prospecção de petróleo.

*Área de expansão: Área localizada na vizinha cidade de São José do Norte, nas margens da Laguna dos Patos, e que está incluída na área do Porto Organizado do Rio Grande. O local destina-se a instalação de novos terminais portuários.

O Porto do Rio Grande está localizado no Extremo Sul do Brasil, no Município do Rio Grande, as margens da Laguna dos Patos. É o porto de mar mais meridional do Brasil e o único marítimo do Estado. Sua localização é privilegiada em relação aos países do Mercosul.

Do início do canal de Acesso ao Porto do Rio Grande (fora dos Molhes da Barra) até o Píer Petroleiro o porto rio-grandino possui profundidade de 14,20 metros, correspondente a 46.60 pés*. Já na área do Porto Novo, a profundidade é de 10,50 metros, correspondente a 34,45 pés*. No Porto Velho a profundidade é a menor da área portuária com apenas 5,07 metros ou 16,70 pés*.

*Pés – medida utilizada na área portuária para definir a profundidade. Cada pé corresponde a 0,3048 metros.

O Porto do Rio Grande recebe navio de diversos tamanhos, desde embarcações com 62 metros até superiores a 300 metros. No entanto, existe uma maior movimentação de navios com tamanhos entre 180 e 250 metros. O maior navio que já atracou no Porto do Rio Grande foi o petroleiro Settebello, com 346,5 metros de comprimento e 57,3 de largura, que foi transformado na plataforma de prospecção de petróleo P-53.

Por ser um porto forte na movimentação de granéis agrícolas, entre as dez mercadorias mais movimentadas no Porto do Rio Grande, seis são relativas aos grãos. As cargas mais movimentadas são: soja em grão, trigo, farelo de soja, cavaco de madeira, matéria-prima para fertilizantes, celulose, óleo de soja, óleo combustível, arroz e milho.

Os navios que chegam ao Porto do Rio Grande são oriundos de várias partes do mundo e do próprio Brasil. Entre os principais países que operam em Rio Grande estão: China (1º lugar), Espanha (2º), Estados Unidos (3º), Holanda (4º) e Japão (5º).

As mercadorias chegam ao porto de quatro maneiras:
*Pelo Oceano Atlântico em navios de grande porte;
*Pela Laguna dos Patos em navios de pequeno porte e barcaças;
*Pela Rodovia (BR 392) em caminhões, e
*Pela Ferrovia em trens.

O pólo naval é formado por um conjunto de áreas do Porto do Rio Grande onde estão se instalando estaleiros que são destinados à construção de navios e plataformas de petróleo. Entre esses empreendimentos estão o estaleiro Rio Grande, junto ao dique seco (área similar a uma grande piscina onde é construído o navio ou a plataforma), o estaleiro do grupo Wilson, Sons, e o estaleiro do consórcio Quip.

O porto é o principal gerador de empregos e renda da cidade do Rio Grande, é através dele que inúmeras pessoas tiram seu sustento. Além disso, sua contribuição através de imposto é muito importante para que se consiga realizar investimentos na infraestrutura da cidade. Ele também é responsável pelo envio, para outros países, de todas as mercadorias produzidas no Rio Grande do Sul.

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