Na segunda edição do Fórum de Desenvolvimento da Economia Azul, que começou nesta quarta-feira (27), a palestra de abertura foi ministrada por Felipe Jorge, diretor superintendente da Refinaria de Petróleo Riograndense (RPR). Ele discutiu o ambicioso projeto de transformar a instalação na primeira biorrefinaria do Brasil. Atualmente, a RPR comercializa um bilhão de litros de petróleo por ano, representando 14% do mercado nacional, e gera aproximadamente dois mil empregos diretos e indiretos em Rio Grande. Jorge destacou as iniciativas de sustentabilidade da empresa e o desafio de fornecer energia de forma acessível e segura, reduzindo simultaneamente as emissões de carbono. Ele também mencionou o papel crucial dos biocombustíveis na transição energética e a dependência do país em petróleo e derivados da cana-de-açúcar. 

“Enfrentamos um duplo desafio que é fornecer energia acessível, viável e segura a uma população mundial em crescimento, ao mesmo tempo que reduzimos significativamente as emissões”, disse Felipe ao mencionar a virada de chave promovida pela empresa com a proposta de passar a refinar matéria prima com 100% de carga vegetal.

O primeiro painel do evento abordou o Plano Espacial Marinho (PEM), com Danilo Giroldo, reitor da Universidade Federal do Rio Grande, como mediador. Participaram importantes figuras, incluindo o vice-almirante Augusto José da Silva Fonseca Júnior e o contra-almirante Ricardo Jaques Ferreira, além de pesquisadores e analistas do BNDES. A Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, ativa desde 1974, tem como foco o manejo dos recursos marinhos e a gestão do Programa Antártico Brasileiro. 

O contra-almirante Jaques enfatizou a importância da região sul do Brasil no desenvolvimento do PEM, fruto da colaboração acadêmica e do alinhamento entre interesses econômicos e ambientais, permitindo estratégias eficazes de defesa e promoção da segurança marítima.

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